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Frase do Dia.


A resposta de Deus pode não ser a que você quer, mas é a necessária para sua felicidade.

Autor: Rener Brito.

setembro 13, 2010

Sou burro por ler muito ou por ler pouco?

Interessante a experiência que teve Rubem Alves quando foi designado presidente da comissão para seleção dos candidatos para doutoramento na UNICAMP.

Rubem Alves conta que teve uma idéia de fazer uma só pergunta a todos os candidatos: “Fale-nos sobre aquilo que você gostaria de falar!”

Conta Rubem Alves que: "Uma candidata teve um surto e começou a papaguear compulsivamente a teoria de um autor marxista." Ele a interrompeu disse: “Eu já li esse livro. Eu sei o que está escrito nele. E você está repetindo direitinho. Mas nós não queremos ouvir o que já sabemos. Queremos ouvir o que não sabemos. Queremos que você nos conte o que você está pensando, os pensamentos que a ocupam...” Ela não conseguiu. O excesso de leitura a havia feito esquecer e desaprender a arte de pensar.

Nietzsche e Schopenhauer acreditavam que o excesso de leitura automatizava o homem o fazendo desaprender a arte de pensar.


O que estamos falando e escrevendo, é um papaguear ou fruto do processo da arte de pensar?

A arte do pensar é simples: não pense, contemple somente, que depois a consciência chegará da contemplação na forma de pensamentos.

Rener Brito

4 comentários:

Tainã Steinmetz disse...

Excelente!

Eu compartilho desta ideia!!! Parei de ler há muito tempo, hehe.

Reflexões disse...

Que bom revê-la em meu espaço Tainã.

A minha critica e creio que a dos demais pensadores a leitura, não tem haver com o fato de ler em si, mas com a compulsividade em que as pessoas chegam, de pensar, só ser possível através dos livros, para depois sair papagueando é o que Rubem Alves chama de: “ler ater ficar estúpido.”

Abraços.

Rener Brito

Lumena Oliveira disse...

Sempre achei que ler é fundamental, uma coisa é parar de ler e outra é simplesmente saber o que realmente se quer ler.

Um bom leitor/a bebe o "sumo" em muitas fontes, compara-as para que façam pensar. Dessas leituras reune as suas próprias reflexões, assim vai-se enriquecendo. Vai-se obtendo outras experiências próprias e alargá-las da mesma forma que outros o fizeram.
O essencial não é a quantidade de livros, mas sim a qualidade de mensagens que absorve.
Na leitura reconhecer somente palavras não estimula a pensar, de outra forma, OLHAR, para reflectir, para poder experienciar também.
No fundo os nossos pensamentos próprios são os mais verdadeiros e dão vida, porque eles são entendidos com toda a autenticidade.
Muitos livros nos indicam mensagens falsas e, muitas pessoas ainda os preferem. Por isso, sou adepta de que devemos ler quando a fonte dos nossos pensamentos assim o exigirem, sempre que fôr preciso.
Eu gosto muito de ler, e gosto também de contemplar os meus pensamentos e, ao mesmo tempo olhar com consciência sobre o que pensei com profundidade.

Abraços,
Lumena

Reflexões disse...

Gostaria de frisar que a minha critica não é a um leitor sadio, mas aquele que já não é um pensador que ler livros, mas um verdadeiro livro ambulante, papagueando algo que pensa ser fruto do seu pensar, mas que na realidade como bem colocou Rubem Alves: “o pensar não passa de resposta a um estimulo – o pensamento que leram... Na verdade eles não pensam; eles reagem.”

Você disse bem.

Abraços amiga Lumene.

Rener Brito